Estudo identifica cinco possíveis vias para uma vacina contra malária

Pesquisa publicada nesta segunda-feira (23) no “Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)” mostra que há cinco possíveis vias para o desenvolvimento de uma vacina contra a malária — doença que infecta, em média, 200 milhões de pessoas no mundo anualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde. Em 2015, foram 429 mil mortes da doença em todo o globo.

A condição atinge mais comumente regiões tropicais, como as Américas e a África e não há hoje uma vacina totalmente eficaz para o controle de todos os parasitas.

No Brasil, em 2015, foram notificados cerca de 143 mil casos de malária no país, segundo dados do Ministério da Saúde. Muitos deles ocorrem na Região Amazônica.

Na pesquisa, foram identificados 29 alvos que poderiam conter a entrada do parasita nos glóbulos vermelhos – um passo essencial para a infecção em seres humanos. Em testes feitos com o Plasmodium Faciparum, um dos causadores da malária, pesquisadores chegaram a cinco alvos com potencial para se tornarem um imunizante. O parasita utilizado foi isolado de cepas originárias da África e Ásia.

Depois, em um segundo passo da pesquisa, cientistas utilizaram microscopia em vídeo para assistir a ação dos anticorpos em nível celular. “Vimos que os 5 anticorpos atuaram em estágios diferentes da entrada do plasmodium nos glóbulos vermelhos”, disse Pietro Cicuta, da Universidade de Cambridge, em nota.

Segundo o pesquisador, o estudo, além de identificar os anticorpos, mostra que uma vacina mais eficiente deveria utilizar os anticorpos conjuntamente para uma maior ação contra o parasita. Nas análises, nenhum anticorpo sozinho foi responsável pela proteção.

A malária é transmitida pela picada de mosquitos infectados do gênero Anopheles. O principal sintoma é a febre, mas são registrados calafrios, dor de cabeça, dor no corpo e nas articulações.

A doença também pode ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou de mãe para filho. Há três espécies de parasitas atuantes, mas o P. falciparum, objeto do estudo, é o mais agressivo. Ele leva à destruição das hemácias e provoca um quadro de anemia grave que pode evoluir para óbito.

Fonte: G1 Bem Estar

Revisão: www.cotaplanosdesaude.com.br

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