Sobe para 53 o número de mortes por febre amarela

O número de casos confirmados de febre amarela no Brasil entre 1º julho de 2017 e 23 de janeiro deste ano subiu para 130, com 53 óbitos. De acordo com um boletim divulgado na terça-feira pelo Ministério da Saúde, no mesmo período há um ano atrás, foram confirmados 397 casos e 131 óbitos.

No período atual de monitoramento, foram notificados 601 casos suspeitos, sendo que 162 permanecem em investigação e 309 foram descartados. Desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece em sua maioria no verão, passou a orientar os boletins. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.

“Embora a área exposta este ano seja muito maior e abarque grandes cidades com maior concentração populacional do que no ano passado, esses números demonstram que a situação deste ano é muito mais controlada, se comparada ao ano passado”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

O Estado de São Paulo lidera o número de casos, com 61 confirmados, 21 óbitos e 84 em investigação. Em seguida está Minas Gerais, com 50 casos confirmados, 24 mortes, e 18 em investigação. O Estado do Rio de Janeiro confirmou 18 casos, 24 óbitos e ainda tem um em investigação.

Além dos Estados acima, apenas o Distrito Federal confirmou um caso da doença no mesmo período. Pará, Tocantins, Bahia, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm casos em investigação.

Campanha de vacinação

Para intensificar a vacinação em municípios de São Paulo, Bahia e Rio da Janeiro que hoje correm risco de infecção, mas que antes não tinham recomendação da vacina, o governo federal decidiu adotar o fracionamento da vacina contra a febre amarela. A estratégia começa na quinta-feira nos estados de São Paulo – exceto na cidade de São Paulo, que começa na sexta-feira – e Rio de Janeiro. Na Bahia, a campanha permanece na data prevista, a partir de 19 de fevereiro.

A adoção do fracionamento das vacinas é uma medida preventiva e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) quando há aumento de epizootias – morte de primatas em decorrência da doença – e casos de febre amarela silvestre de forma intensa, com risco de expansão da doença em cidades com elevado índice populacional. A dose fracionada tem apresentado a mesma proteção que a dose padrão. Estudos em andamento já demonstraram proteção por pelo menos oito anos e novas pesquisas continuarão a avaliar a proteção posterior a esse período.

Mosquito

É importante ressaltar que a febre amarela é transmitida por meio de vetor (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes no ambiente silvestre) e não pelo macaco. O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942, e todos os casos confirmados desde então decorrem do ciclo silvestre de transmissão.

Fonte: Revista Veja
Revisão: www.cotaplanosdesaude.com.br

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